quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

RETROSPECTIVA LITERÁRIA : Leituras de 2015





Hey Leitores!!

Hora de avaliar as leituras feitas em 2015! Primeiro gostaria de dizer que estou muito feliz com a nova cara que o blog tomou esse ano e comigo mesma porque tive muito mais tempo para postar regularmente e curtir cada postagem assim como eu espero que vocês estejam. Aguardem Novidades para 2016!!!


Para começar separei algumas categorias nas quais delimitei minhas leituras, foi muito difícil escolher, já que em algumas categorias eu tinha vários amados e foi um esforço escolher um só!!! Confiram como ficou o ranking final!


#1 O Livro Mais Amado do Ano -
O Diário Secreto de Lizzie Bennet - Bernie Su e Kate Rorick


É até meio previsível que minha escolha para o melhor de todos seria algo relacionado com Jane Austen né? maaaas como não amar!? Imagine só, se Jane Austen pudesse ter vivido e escrito no século XXI? Este livro nos faz refletir um pouco sobre essa possibilidade. Assim como o The Guardian publicou :"gosto de pensar que se Austen escrevesse nos dias de hoje, teria criado algo muito parecido com isso!"  Me diverti bastante , esta é uma adaptação de Orgulho e Preconceito bem atual e divertida. É um livro daqueles que faz você rir alto durante a leitura, e receber olhares inquisidores dos "não-leitores" 'hehe. 

#2 Releitura do Ano -
Alice's Adventures in Wonderland - Lewis Carrol

Como não amar essa história? Impossível! Cada vez que releio encontro mais um motivo para gostar mais ainda, afinal todo mundo é meio Alice e com certeza mantem seu próprio Wonderland escondido por aí. 


"No decorrer da viagem, Alice encontra muitos caminhos que seguíam em várias direções. Em dado momento, ela perguntou a um gato sentado numa árvore:
- Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
- Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
- Eu não sei.
O gato, então, respondeu sabiamente:
- Sendo assim, qualquer caminho serve."


#3 Livro que Até Hoje não Terminei -
Interview With The Vampire - Anne Rice


Eu realmente não sei pra que santo fazer promessa pra ver se consigo terminar esse livro, Antes de começar a leitura eu já sabia que seria árdua pois conversei com algumas pessoas que já haviam lido e me adivertiram que a leitura é um pouco pesada, mas eu não pensei que seria tanto assim. O enredo e legal e tudo mas demanda um esforço que talvez na correria do dia a dia faça esse livro ser um pequeno desafio, sendo assim ainda está em tempo e quem sabe ano que vem ele não aparece em um post aqui!! #Aguardemos #oremos


#4 Livro Que Todo Mundo Gostou MENOS EU -
A Seleção - Kiera Cass


Triste, mas verdadeiro. A Seleção não é uma série para mim, sei que muita gente gosta afinal, recebi muitas recomendações que me encheram de expectativa a história o que resultou em uma quebrada de cara beeeeeeeem grande. A Seleção não era nada como eu esperava, achei o enredo bom, mas muito sem ação, pouca coisa de interessante ou verdadeiramente intrigante aconteceu durante o livro. Infelizmente eu tentei gostar, mas não deu certo.

#5 Experiência do Ano -
Guerra Civil - Marvel


Começarei explicando porque essa foi a experiência do ano. primeiro por que a proposta do livro foi bem interessante pra mim já que é o enredo de uma série de HQs adaptada como livro. A narrativa dele é super dinâmica, são capítulos bem curtos que revezam seu foco entre os heróis narrando suas ações durante a guerra. O livro é lindo, tem um design bem legal e ainda vem com um marcador de página e um encarte com os próximos lançamentos da série Marvel pela editora Novo Conceito. Foi uma experiência super positiva! Pra quem gosta de uma aventura daquelas em que você não consegue desgrudar do livro, Guerra Civil é uma ótima opção de leitura.
#6 Descoberta no Wattpad-
Na Chuva com Benjamin - Flavia Dann


Nas nossas andanças literárias nos deparamos com todos os tipos de histórias, eu particularmente gosto de me aventurar por diferentes gêneros e em uma dessas andanças descobri esse livro cheio de amor: Na chuva com Benjamin! Escrito e publicado na rede social de leitores #Wattpad pela @flaviadann. É uma leitura super delicada e ideal pra esse fim de ano cheio de correria e expectativa. Essa história linda mostra como a vida pode dar voltas para o bem, fazendo com que no final tudo se encaixe onde parecia improvável. Comecei a ler por acaso e depois não conseguir parar. Mais um romance como os outros? Pode ser, mas pra mim é uma prova de que coisas boas podem acontecer a qualquer momento e nos agarrar a elas é o que pode fazer a diferença é só ter coragem de ir pra chuva!


#7 Para Ler e Assistir´
As Vantagens de Ser Invisível- Stephen Chbosky


Esse é um dos meus xodós do ano, decidi lê-lo desde quando assisti ao filme, que também é um trabalho cheio de amor, só que sempre colocava outro livro na frente até quando não pude mais evitar e acabei lendo. Chorei e ri muito com o Charlie (no livro e filme) a cada página eu me apeguei mais a ele, primeiro desejando estar entre seus amigos e as vezes querendo protegê-lo da maldade dos outros. As Vantagens de Ser Invisível nos lembra o quanto podemos ser jovens e idiotas, mas também podemos ser infinitos e tudo isso faz parte da grande montanha russa que é a vida principalmente quando se está a beira da idade adulta.


E assim termino minha Retrô literária 2015, com o coração partido pois deixei vários livros interessantes de fora e também muito feliz já que 2015, apesar de ter sido um ano estranho, foi muito rentável em leituras!!

Gostou? Deixe seu comentário. Como seria sua retrospectiva de leituras 2015??

Hasta La Vista e até 2016!!!
Feliz Ano Novo \O/ \O/ 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

#Little Things: 5 Clipes pra Chorar!!


Hey Leitores!

Já que é de sofrência que vocês gostam, trouxe uma sofrência bem diferente pra vocês hoje, vamos curtir os 5 clipes mais tristes que eu conheço mais um bônus. Então se preparem para a chuva de lágrimas. Lencinhos a postos!? Lets Go!!!



#1 I Wasn't Expecting That - Jamie Lawson 


Vamos começar com as mais novinhas... Nesse clipe super fofo (mas triiiiiste) Jamie nos conta a história de um casal cuja vida aconteceu perfeitamente da maneira que não esperavam. #muitoamor!


                       

#2 Over and Over Again - Nathan Skykes


Lembra da banda The Wanted? Pois é rendeu frutos e aí está ele! Nathan nos apresenta uma linda história de amor no melhor estilo linha do tempo, contando como tudo começou até o inevitável fim. #Cutenessoverload !


                   

#3 High Hopes - Kodaline


Gente, entre as minhas escolhas hoje essa é a minha favorita, adoro essa música e ela tem bastante significado emocional pra mim ~eudramatica~ e tem um clipe super F*daa!! Tem ação, emoção, romance, lágrimas e uma ótima interpretação! #amoadoro



#4 The One That Got Away - Katy Perry


Só pela foto aí em cima já dá pra saber o nível de sofrimento desse clipe! The One That Got Away fala sobre arrependimentos e o quanto podemos sofrer por escolhas erradas. Sofrência é aí! #Cryingariver



#5 Wake Me Up When September Ends - Green Day



Pois é, o clipe começa assim só flores, mas aí a guerra separa dois corações apaixonados. Como resistir a isso sem derramar lágrimas? Seguimos com esse clássico do Green Day #heartbreaking 
Summer has come and passed the innocent can never last...


                                        
       

#Bônus!!!!!

Fake Plastic Trees - Radiohead


Bom, se você conseguiu chegar até aqui parabéns! Você é guerreir@!! Bem vind@ ao nosso bônus! Essa é meu top 1 de música triste, Fake Plastic Trees faz uma reflexão sobre a vida de "plástico" que vivemos hoje em dia, superficial e sem conteúdo. Viajo nessa letra!


                                          
                                   



sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

#Little Things: O Leitor Ideal por Mário Quintana


Hey queridos leitores!

Hoje o post é sobre o leitor ideal! Exatamente o texto é praticamente sobre nós mesmos, ou melhor sobre quem se arrisca a ler e se jogar na leitura de forma diferente. Para refletirmos essa ideia de leitor ideal apresento aqui o texto "O leitor ideal" de Mário Quintana.
Que tipo de leitores somos? Somos os que esperam pelo autor para que este nos dê todos os detalhes da trama. Ou seríamos leitores mais "ativos" que tomam posse do texto que leem procurando uma forma de dialogar com ele?
Seja lá o tipo de leitor o qual você se encaixa o importante é estar disposto a ter o hábito da leitura, sendo assim aceite o presente que o Quintana nos sugere e reflita sobre quais os rumos que sua ventania irá alcançar...



O Leitor Ideal

O leitor ideal para o cronista seria aquele a quem bastasse uma frase.
Uma frase? Que digo? Uma palavra!
O cronista escolheria a palavra do dia: "Árvore", por exemplo, ou "Menina".
Escreveria essa palavra bem no meio da página, com espaço em branco para todos os lados, como um campo aberto para os devaneios do leitor.
Imaginem só uma meninazinha solta no meio da página.
Sem mais nada.
Até sem nome.
Sem cor de vestido nem de olhos.
Sem se saber para onde ia...
Que mundo de sugestões e de poesia para o leitor.
E que cúmulo de arte a crônica! Pois bem sabeis que arte é sugestão...
E se o leitor nada conseguisse tirar dessa obra-prima, poderia o autor alegar, cavilosamente, que a culpa não era do cronista.
Mas nem tudo estaria perdido para esse hipotético leitor fracassado, porque ele teria sempre à sua disposição, na página, um considerável espaço em branco para tomar seus apontamentos, fazer os seus cálculos ou a sua fezinha...
Em todo caso, eu lhe dou de presente, hoje, a palavra "Ventania". Serve?




sábado, 28 de novembro de 2015

#Porque eu... Sobre a Vontade de Amar Alguém




Ontem foi um dia cheio de diferentes nuances e uma delas me chamou bastante atenção, vou deixar as circunstâncias meio sem explicações porque mesmo sabendo que meu blog não tem muitas visualizações por aqui, vai que alguém descobre quem esse personagem é? Quero deixar claro que eu não o defendo e muito menos as ideias dele, fato que ficará claro no decorrer do post, mas observando o talento que as pessoas cultivam em odiar as outras acho melhor não alimentar fogo com fogo e deixar essa identidade de lado.

                    

O caso é que esse personagem me fez pensar sobre o que as pessoas classificam por amar o próximo e nesse contexto de terrorismo que assistimos só aumentam minhas dúvidas se realmente esse mundo já não se acabou a muito tempo atras. Bom, indo direto ao ponto; ao encontrarmos um casal de mulheres, as quais eu não conheço mas a pessoa deixou claro pra mim que elas eram um casal, me perguntou o que poderia ter acontecido com elas para serem assim, seria esse um distúrbio mental, uma doença ou algo do tipo? Eu realmente me surpreendi com a pergunta, olhei meio de lado e quase pensei que ele estivesse brincando, mas quando percebi que era sério, respirei fundo e agi igualmente como faço com meus alunos quando perguntam uma mesma coisa umas trezentas vezes, tentei me manter calma, como se essa fosse uma pergunta qualquer, o que definitivamente não era, e respondi com exemplos claros: "não, não é nada disso. é só vontade de amar outra pessoa a diferença é que nesse caso a atração acontece com o mesmo sexo . No caso das moças elas sentem uma pela outra o que o sr acha que elas deveriam sentir por homens."  me senti explicando algo meio óbvio ou tentando explicar algo inexplicável. A verdade é que eu não sei se expliquei certo, se é que existe o jeito certo, ou se ele compreendeu o que eu quis dizer, só assentiu com um comprido "aaaaaah". Me senti muito desconfortável com a situação, apesar do absurdo da questão ele não pareceu ter perguntado por maldade, mas sim porque queria talvez ouvir uma opinião diferente das que ele deve ter ouvido anteriormente. Encerrei o papo dizendo que elas estavam certas por ficar juntas e não esconderem seus sentimentos, se elas se gostam não há mal nisso.

Fiquei com essa história na cabeça e mesmo que o que eu disse não tenha feito efeito algum na opinião da pessoa me pergunto porque ter vontade de amar alguém, seja ela do sexo que for é assim tão complicado, temos mesmo que ficar julgando uns aos outros como doentes, condenados, sujos? Sou católica praticante e sei que a posição da igreja em relação ao homossexualismo é complicada, mas sei que o "amai-vos uns aos outros" que eu aprendi inclui acima de tudo respeito pelo próximo, independente de qualquer coisa. Afinal, deve existir uma comunidade/igreja que inclua e receba a todos, se somos todos filhos de Deus temos todos direito a mesma salvação. 

E mesmo com todas as opiniões contrárias e absurdas sobre o homossexualismo eu ainda não vejo o problema em gostar de uma pessoa e querer ficar ao lado dela. Bem vindos ao nosso mundo, que ainda espera uma profecia para acabar, mas onde a violência e o preconceito parecem normais e toleráveis e a vontade de amar alguém é doença.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Little Things: Dilemas Literários




Hey Leitores!
Hoje trouxe um pouco dos dilemas que leitor@s como nós enfrentamos durante a nossa vida de paixão por livros! 
Silêncio que o post vai começar!!!!


1 Nossa singela lista de desejos:


2. Aquela vontade de adotar todos os livros do mundo!


3. Aquele sentimento pós Black Friday


4. Quando a listinha de livros não para de crescer...

Tom Cruise perde! rsrs


5. E quando você encontra aquele livro que você tanto queria...


6. Vontade de começar nosso acervo pessoal.


7. Então você empresta o seu livro amado e...


8.  A famosa ressaca literária...


9.O ciclo que se repete toda vez comigo :(





Qual desses mais acontece com você? Deixe sua opinião!!
Hasta la vista!





sábado, 24 de outubro de 2015

Leituras e Devaneios: As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky





Hey leitores! 

Depois de uns dias sumida voltei! O motivo do meu sumiço vou contar em outro post não se preocupem! Maaaas agora o assunto é outro o livro lindo e cheio de amor chamado As Vantagens de Ser Invisível do escritor norte-americano Stephen Chbosky.


                                

Minha história com esse livro é meio engraçada, desde que assisti ao filme que queria lê-lo, coloquei na minha lista mas sempre passava outro livro na frente dele e fui nessa lendo outras coisas até que um belo dia vi o livro na loja e fiz: é hoje! 

Comprei levei pra casa e comecei a ler no outro dia, fui me encantando pelo Charlie e terminei o livro em dois dias. Foi como em um piscar de olhos, se eu soubesse da ressaca literária que estava por vir... fiquei até com aquele sentimento de que deveria ter ido mais devagar e ir aproveitando cada página, refletindo cada momento.


Metade da culpa foi minha eu estava realmente ansiosa quando eu li o livro, muitas coisas mudando de uma hora pra outra e eu descontei minha ansiosidade no livro. A outra metade da culpa fica por conta da escrita de Chbosky, As Vantagens de Ser Invisível é escrito na forma epistolar, conhecemos Charlie pelas cartas que ele escreve para seu "amigo" esta, como define o autor, era a maneira mais íntima de falar ao leitor. Além disso, ele sentiu que esta seria uma forma de manter a história coesa, já que a juventude possui altos e baixos — onde, segundo o próprio romancista, "um dia, você está no topo do mundo e [...] três semanas depois, você está terrivelmente deprimido". Isso se reflete na escrita de Charlie: no início, o texto do garoto é simples e infantil, mas, à medida que amadurece, ele começa a escrever de uma forma mais profunda e completa.

Charlie é um personagem encantador, meio ingênuo, inseguro e ao mesmo tempo corajoso e determinado encontramos nele uma vontade incessante de ser alguém, de fazer parte de algo grande ou de apenas valorizar os pequenos momentos da vida. 


Chorei e ri muito com o Charlie a cada página eu me apeguei mais a ele, primeiro desejando estar entre seus amigos e as vezes querendo protegê-lo da maldade dos outros. As Vantagens de Ser Invisível nos lembra o quanto podemos ser jovens e idiotas, mas também podemos ser infinitos e tudo isso faz parte da grande montanha russa que é a vida principalmente quando se está a beira da idade adulta.


Uma coisa super legal sobre o livro é que o Charlie é um leitor voraz e no decorrer da história ele lê vários livros clássicos os quais eu já conhecia e outros que entraram na minha lista é muito legal acompanhar a influência que estes livros causam na vida de Charlie e o quanto ele aprende com eles. Outro ponto interessante é a trilha sonora. As Vantagens de Ser Invisível é um livro super musical, Charlie tem sua própria playlist e ele liga os sentimentos que as músicas trazem para diferentes momentos da sua vida.



No final a gente entende que o Charlie não é tão diferente da gente, apesar de sua trajetória de vida ser diferente, seus questionamentos e anseios são similares aos que temos ou já tivemos, todos nós sobrevivemos apesar dos medos e dificuldades e temos os nossos momentos de nos sentirmos infinitos.

obs: se prepare para uma ressaca literária daquelas...


Hasta la vista :*

domingo, 20 de setembro de 2015

#Little Things: O Livro ou o Filme?



O Livro ou o Filme? 



Brian Mcfarlane (1996) traz em sua obra From Novel to Film uma discussão sobre adaptação e sua relação com o romance da qual se origina. Neste ponto é necessário se discutir o porquê das adapatações serem tão populares. Em questão de popularidade podemos destacar que o filme está para o século XX/XXI como o romance/livro estava para o século XIX.


O papel do romance na sociedade do século XIX se assemelha ao que hoje temos o papel do cinema, como formador de opinião, difusor de idéias e fonte de entretenimento. As duas mídias tem muito mais em comum do que notamos, “como filme veio substituir na popularidade do romance representacional do início do século XIX, este o fez através da aplicação de técnicas praticadas pelos escritores no último final de século.” (MC FARLANE, 1996, p.6 tradução minha) O que reforça a proximidade das duas mídias e justifica termos o cinema e a literatura em constante diálogo através das adaptações. 


Ao tornar esse diálogo mais claro o cinema utiliza da literatura para fortalecer seu campo de trabalho, assim como atender as expectativas de seus leitores/espectadores:

"Assim que o cinema começou a ver-se como uma narrativa de entretenimento, a idéia de saquear o romance – já um repositório estabelecido de ficção narrativa - para material de origem teve início, e o processo continuou mais ou menos ininterruptamente por 90 anos. As razoes dos produtores para esse fenômeno parecem se mover entre os pólos de comercialismo em massa e o elevado respeito do público para com obras literárias." (MC FARLANE, 1996, p.6 tradução minha) 


A partir de então o cinema vê na literatura uma fonte de recursos sobre os quais poderão ser trabalhados, apresentando o leitor para determinados enredos de obras literárias ou atraindo aos que já conhecem a obra literária como fonte e que, querendo ou não poderá ver com olhos mais críticos o filme que deriva da obra de seu autor favorito.


É do leitor que vem a se tornar espectador que parte outro destaque de Mc Farlane em sua obra, para ele o leitor tem a motivação de ir ver uma adaptação mesmo sabendo que está poderá não preencher suas expectativas e será totalmente diferente daquilo que nós, como leitores, imaginamos ao ler uma obra literária.

"Quanto ao público, independentemente das suas reclamações sobre esta ou aquela violação da obra original, eles continuam a querer ver o que os livros poderiam parecer. Constantemente criando suas próprias imagens mentais do mundo de um romance e de seu povo, eles estão interessados em comparar as imagens com as criadas pelo cineasta." (MC FARLANE, 1996, p7 tradução minha) 


Leitores em geral têm como desejo saber como o livro seria se este pudesse ter existido de uma forma concreta, nesse caso concretizada em forma de imagem, no qual temos um porém, pois as imagens pertencentes ao imaginário de uma pessoa são diferentes em relação ao de outros leitores. O que diferencia um leitor/espectador comum e um diretor de cinema é que este tem o poder de transformar sua própria interpretação de uma obra em algo concreto, o filme, tornando desta forma, a sua adaptação/ interpretação pertencente ao imaginário daqueles que não conhecem a obra original; os espectadores não leitores.

E você a qual lado pertence? É um expectador leitor ou um leitor espectador? Deixe seu comentário!

Hasta La Vista :*